sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

GRANDES VULTOS DO ESPIRITISMO


Alfredo Caetano Munhoz

Saindo da minha humildade, e cedendo aos impulsos da amizade e da admiração que tributo ao grande batalhador sobre cuja individualidade vou tentar escrever algumas palavras, suplico desde já aos leitores que perdoem a ousadia de um neófito nas lides da palavra escrita. 
A quatro de fevereiro de 1845 nasceu Alfredo Munhoz, o incansável apóstolo do Espiritismo no Paraná; dedicou-se à vida pública, e sempre honrou os cargos que lhe foram confiados; hoje já com 64 anos de idade, trabalhador  pertinaz, continua ainda a prestar seus serviços ao Estado, ocupando o cargo de diretor dos debates do Congresso Estadual. 
Filiando-se à nova doutrina que se procurava implantar no Paraná, tornou-se ele um dos mais ardentes e esforçados missionários da Nova Revelação, nas terras paranaenses. Durante dez anos, nas páginas d’A Luz, o seu superior talento mostrou-se em toda a sua pujança; os trabalhos de Alfredo Munhoz nessa revista, que tanto ergueu o Espiritismo, constituem belíssimas produções da literatura das novas doutrinas.  
Ele, porém, não se deixa adormecer diante dos louros colhidos: é o Mestre de sempre, infatigável e estudioso; e, se não fora a sua extrema modéstia, ocuparia atualmente um dos primeiros lugares na vanguarda da mentalidade paranaense.  Com estas humildes linhas, o meu único fim é fazer com que não seja uma mentira o que diz o conhecido provérbio latino – Justitia super omnia! 
Curitiba, fevereiro de 1906. Alfredo Caetano Munhoz desencarnou em Curitiba em 1º de fevereiro de 1921.  Era filho de Caetano José Munhoz e de Francisca Franco Munhoz. Era casado em primeiras núpcias com Ritta de Oliveira Munhoz (filhos: Francisco, Rachel, Raul, Sylvia e Tharcíllo) e em segundas núpcias com Analia de Oliveira Munhoz (filhos: Ritta, Alfredo e Maria da Luz). (Dados da certidão de óbito n.º 28735 do Cartório Ermelino de Leão Neto). 




Arthur Conan Doyle
Segundo escreveu o saudoso Prof. José Herculano Pires, prefaciando a obra de Arthur Conan Doyle, "História do Espiritismo", é um nome conhecido e lido no mundo inteiro.
Dotado Conan Doyle de fértil imaginação, comunicabilidade natural de seu estilo, a espontaneidade de suas criações tornaram-no um escritor apreciado e amado por todos os povos.
Em nosso país a série Sherlock Holmes, a série Ficção Histórica e a série Contos e Novelas Fantásticas aqui estão para comprovar a afirmação feita em favor do extraordinário escritor.
Entretanto, é bom que se diga que ele não apenas se destacou naquelas linhas compostas com três séries, pois além de historiador, pregou o uso de métodos científicos na pesquisa policial, destacou-se também como um lúcido escritor espírita em todo o mundo, revelando notável compreensão do problema espírita in-totum (como ciência, filosofia e religião).
Então, além daquelas séries enumeradas no início destas considerações existem mais duas séries: a de História e a do Espiritismo.
Ao ser lançada a primeira edição da obra "História do Espiritismo", a revista inglesa "Light" destacou o equilíbrio e a imparcialidade com que o assunto foi abordado. Uma extensa Nota assinada por D.N.G. destacou que os críticos haviam sido "agradavelmente surpreendidos", porque Conan Doyle, conhecido como ardoroso propagandista do Espiritismo, fora de uma imparcialidade a toda prova. E o articulista da revista "Light" continuava: "Uma obra de história, escrita com preconceitos favoráveis ou contrários, seria, pelo menos, antiartística, pecado jamais cometido pelo autor de - The White Company -, em nenhum de seus trabalhos".
O próprio Autor define aquele critério ao falar do desejo de contribuir para que o Espiritismo tivesse sua história e o objetivo da obra não era o de fazer propaganda de suas convicções, mas o de historiar o movimento espírita. Daí, colocar-se imparcial e serenamente como observador dos fatos que se desenrolam aos seus olhos, através do tempo e do espaço. (Ipsis litteris).
Reconhecendo a magnitude e amplitude do trabalho que se propôs realizar pediu auxílio a outras pessoas e encontrou em Mrs. Leslie Curnow uma dedicada e eficiente colaboradora e com essa ajuda prosseguiu investigações até concluir a obra.
Reconheceu não haver realizado um trabalho completo porque não dispunha de recursos necessários e tempo, mas, com satisfação verificou que fez o que era possível no momento, diante da enorme extensão e complexidade do assunto, além das condições de dificuldades do próprio movimento espírita da época. Arthur Conan Doyle nasceu em 22 de maio de 1859, em Edimburgo, faleceu em 7 de julho de 1930, em Cowborough (Susex), após viver 71 anos bem proveitosos.
Em junho de 1887 escreveu uma carta ao Editor da revista "Lìght" explicando as razões de haver se convertido ao Espiritismo. Tal carta foi publicada na edição de 2 de julho de 1887 da referida revista e republicada na edição de 27 de agosto de 1927. Em 15 de julho de 1929 a "Revista Internacional do Espiritismo", de Matão, São Paulo, dirigida por Cairbar Schutel, publicou no Brasil a primeira tradução integral daquela carta, documento importante, onde o jovem médico em 1887 revelava ampla compreensão do Espiritismo e a importância da Mensagem que a Doutrina trazia para o mundo inteiro.
Conan Doyle ainda escreveu um pequeno livro traduzido por Guillon Ribeiro e sob o título "A Nova Revelação", que descreve em detalhes como se deu sua conversão. Outras obras doutrinárias de grande mérito, revelando perfeito entendimento do problema religioso do Espiritismo, afirmando a condição essencialmente psíquica da religião espírita, "A Religião Psíquica".
A doutrina da reencarnação determinou o aparecimento de uma divergência entre aquilo que se estabeleceu chamar Espiritismo Latino e Espiritismo Anglo-Saxão. Estes, particularmente os ingleses e americanos, embora aceitassem a Doutrina Espírita não admitiam o Princípio Reencarnacionista e tal motivou os ataques e críticas ao Espiritismo. Embora a resistência mantida na Inglaterra e nos Estados Unidos contra o Princípio Reencarnacionista, Conan Doyle e outros espíritas americanos e ingleses, de renome, admitiam a reencarnação.
Na obra "A Nova Revelação", Conan Doyle declara que "muitos estudiosos têm sido atraídos ao Espiritismo, uns pelo aspecto religioso, outros pelo científico, mas, até agora ninguém tentou estabelecer a exata relação que existe entre os dois aspectos do problema". Tal foi escrito entre 1927 e 1928, sessenta anos após a desencarnação de Kardec.
Sabemos que Kardec definiu e solucionou aquele problema ao apresentar o Espiritismo como Doutrina sob tríplice aspecto: filosófica, científica e religiosa.
E Conan Doyle identificava-se com o pensamento de Kardec, aguardando que a codificação kardequiana aparecesse, sem perceber que ela já existia e estava ao seu lado, para lá do Canal da Mancha.

NOVOS ARTIGOS


CUIDAR DOS NOSSOS IRMÃOS COM CARINHO, ATENÇÃO E AMOR, É COMUNGAR COM A LEI DIVINA!


“NÃO TE ENVERGONHES SE, ÀS VEZES, OS ANIMAIS ESTEJAM MAIS PRÓXIMOS DE TÍ DO QUE AS PESSOAS, ELES TAMBÉM SÃO SEUS IRMÃOS.”

Francisco de Assis
 


POR QUE MALTRATAR SEU IRMÃO?


 



Pois bem, amigo leitor, conforme nosso frontispício, queremos chamar à atenção dos amigos para a importância do assunto.
     Sim, os animais também são nossos irmãos. Portanto, cabe ao ser humano a responsabilidade, perante as Leis Divinas, de acolhê-los, ampará-los, dar-lhes carinho, alimentá-los, cuidar-lhes da saúde e mantê-los com amor, até o momento da sua grande viagem, ou seja, o retorno à pátria espiritual.
     E porque devemos ter este cuidado todo com um simples animal? Frase esta, que já ouvi diversas vezes. E a resposta, certamente, é a que a Doutrina Espírita nos ensina, ou seja:
-Ninguém pode negar que os animais também são criaturas de Deus: somente por esse fato, como irmãos maiores, teríamos o dever de respeitá-los, protegê-los e amá-los.
-O animal é um princípio espiritual e, portanto, sobrevive à morte do corpo físico.
-É uma criatura em evolução, isto é, está submetido à Lei da reencarnação.
-É um ser que tem livrearbítrio, ainda que limitado às suas necessidades físicas. E tem sentimentos: sente dor, sente medo, percebe quando é bem tratado e, igualmente, quando é maltratado.
      Portanto, conclui-se que, o ser humano para evoluir, necessita praticar o bem. A frase “fora da caridade não há salvação”, dita pelos Espíritos da Codificação ao mestre Allan Kardec, é bem expressiva e coloca a espécie humana na condição de exercê-la, obviamente, também aos nossos animais. E disse Jesus: “Quando o fizerdes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim estareis fazendo.”
      Caro leitor, participamos do recém criado “Grupo de Apoio Atitude e Consciência Animal”. Este grupo tem como objetivo resgatar os animais das ruas; tratá-los com ajuda veterinária, restituir-lhes a saúde e providenciar-lhes um lar, na busca de adotantes. Portanto, posso informá-los que, lamentavelmente, aqui em nossa cidade, o abandono, o desrespeito e a crueldade aos animais grassam de uma forma incrível! Portanto, o artigo de hoje, na verdade, é mais um apelo do que uma informação. Vamos pensar sobre isso e acima de tudo AGIR. Lembre-se: não existe animal de rua, e sim, animal abandonado. Por favor, nunca abandone o seu melhor amigo, ampare-o em sua velhice, assim você amigo leitor, estará comungando com as Leis Divinas!
Muita paz a todos!

Antonio Tadeu Minghin – Centro Espírita Dr.Mariano Dias –
Reuniões públicas: 2ª.-4ª. e 5ª.feira: 20h00


 PRINCÍPIO INTELIGENTE



Chama-nos a atenção, a quantidade de vezes em que aparece em O Livro dos Espíritos, em 
versão  eletrônica,  o  vocábulo  “Inteligência”.  Cento  e  quarenta  e  quatro  vezes,  quando  
“Amor”  aparece  oitenta  vezes,  e  “Princípio  Inteligente“,  que  é  a  definição  de  Espírito, 
dezesseis vezes. 
O  espírito,  que  é  criado  simples  e  ignorante,  e  que  tem  como  objetivo  a  perfeição,  está 
inserido na Lei do Progresso, o que significa desenvolver sua inteligência. 
O espírito Ferdinando, espírito protetor, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, nos fala 
da  missão  do  homem  inteligente  na  Terra,  primeiro  nos  alertando  que  por  mais  que 
saibamos, este saber  tem  limites muito estreitos na Terra, e em seqüência, que o uso deve 
ser para o bem de todos. 
Mas, o que é ser inteligente? 
O Homem  tem buscado  entender  e quantificar a  inteligência há muito  tempo, mas  foi no 
século XX que as pesquisas e descobertas se desenvolveram. 
Em  1905,  Alfred  Binet  e  Theodore  Simon  criaram  a  Escala  Binet-Simon,  usada  para 
identificar  crianças  com  deficiência no  aprendizado  escolar. Baixos  resultados  indicavam 
uma  necessidade  de  intervenção mais  aprofundada  dos  professores, mas  não  significava 
inabilidade para a aprendizagem. Alcançou enorme sucesso. 
Em 1912, Wilhelm Stern propôs o termo “QI” (quociente de Inteligência) para representar 
o nível mental, e  introduziu os  termos “idade mental” e “idade cronológica”, e o QI seria 
determinado pela divisão da  idade mental pela  idade cronológica. Com o passar dos anos, 
alguns ajustes ocorreram, e finalmente em 1939, David Wesheler criou o primeiro teste de 
QI para adultos. 
Durante  quase  todo  o  século  XX  o  Homem  maravilhou-se  com  o  QI,  e  o  utilizou 
largamente,  identificando os mais diversos níveis de  inteligência, endeusando, não poucas 
vezes, os portadores de altas pontuações, alçando-os a posições de destaques na sociedade, 
nos meios políticos  e profissionais,  e  relegando, quase  à marginalidade, os portadores de 
níveis normais e infranormais, quando não, manipulando-os segundo seus interesses. 
Mas, assim como as grandes  inteligências provocaram as grandes descobertas, produzindo 
o  progresso  tecnológico  humano,  produziram  também  catástrofes  em  larga  escala  –  as 
grandes e pequenas guerras, por exemplo, produzindo dores e prejuízos sem monta. E todos 
nós conhecemos pessoas inteligentíssimas que não são felizes, que possuem dificuldade de 
socialização, e outras simplórias, segundo a escala do QI, que  são felizes e fazem os outros 
felizes. 
Deduzimos então, que ser portador de alto índice de QI não é suficiente para dar ao homem 
o de que necessita para se sentir completo. Falta-lhe algo mais. 
Na  década  de  1990,  surgiu  um  outro  tipo  de  inteligência,  a  “Inteligência  Emocional”, 
denominada QE,  cujo  principal  defensor,  o  norte-americano Daniel Goleman,  trabalha  a 
idéia  de  que  o  controle  emocional  contribui  para  o  desenvolvimento  da  inteligência  do 
indivíduo, e que a  situação de violência e criminalidade do mundo de hoje   é  reflexo   da 
cultura que  se preocupou com o QI,  esquecendo-se do  lado  emocional do  ser humano. É 
preciso  trabalhar  as  emoções,  corrigindo  as  reações  instintivas,  utilizando-as 
inteligentemente, controlando e evitando as negativas, o medo, a ansiedade e a  raiva, que 
são as piores, e as positivas, a esperança é a maior delas, para viver melhor e produzir mais. 
Emmanuel, muito  antes,  em  “Pensamento  e  Vida”,  já  nos  adverte  sobre  o  controle  das 
emoções,  dado  o  impacto  que  as  mesmas  proporcionam  ao  nosso  corpo  físico,  via 
perispírito, o que a ciência já tem comprovado largamente. 

Segue-se que o QI nos mostra como funciona e como fazer, e o QE nos aponta como nos 
comportar diante da vida. 
Evidentemente,  não  se  trata  de  tornar-se  frio  diante  dos  acontecimentos,  mas  sim  tirar 
proveito das emoções para viver melhor. 
Ainda  na  década  de  noventa  surgiu  a  idéia  de  que  homem  é  portador  de  inteligências 
múltiplas,  e  que  todas  são  passíveis  de  serem  desenvolvidas,  embora  seja  natural  a  que 
umas se mostram mais avantajadas do que outras. 
Mas é no final do século vinte que aparece, com mais ênfase, a idéia de que o que falta no 
homem é desenvolver sua  inteligência espiritual, para que possa se completar enquanto se 
humano. 
A física e filósofa Danah Zohar desenvolveu amplo trabalho nesse sentido, e talvez tenha se 
tornado  a maior  porta  voz  da  "Inteligência Espiritual",  ou QS,  em  inglês,  dizendo  que  é 
preciso se questionar se queremos vivenciar esta ou aquela situação, ou seja, se vale a pena 
enquanto  seres  humanos  talhados  para  a  extrapolar  a  materialidade  em  direção  à 
subjetividade da moral superior. 
A  Dra.  Danah  identifica  algumas  características  das  pessoas  desenvolvidas  ou  em 
desenvolvimento espiritual: praticar o autoconhecimento, não temer as adversidades, pensar 
no todo, praticar saudavelmente o "por quê?", ter compaixão, etc. 
Para nós, espíritas, essas características não são novidades. 
Há  cento  e  cinquenta  e  três  anos  a  Doutrina  Espírita  vem  nos  conduzindo  a  esse 
entendimento,  apontando-nos  como  alcançá-lo,  explicando-nos  os  mecanismos  da  vida, 
suas leis, baseada na perfeita interpretação do evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, nas 
obras de Kardec, e também nas obras subsidiárias. 
Não se  trata, porém, de abandonarmos o desenvolvimento dos QI e QE, mesmo porque o 
espírito,  enquanto  princípio  inteligente,  caminha,  inexoravelmente,  à  perfeição,  o  que 
significa desenvolver-se por completo. É o que podemos  inferir da orientação do Espírito 
da Verdade  quando  nos  aponta  o  "amai-vos  e  instrui-vos",  sem  nos  direcionar  a  esse  ou 
aquele ponto preferencialmente. 
Finalmente,  podemos  deduzir  que  ser  inteligente,  na  Terra,  é  seguir  as  orientações 
evangélicas,  tais como o perdoar, ceder, socorrer, enfim,  trabalhar no Bem e para o Bem, 
tirando  proveito,  espiritualmente,  de  todas  as  situações  em  que  venhamos  experimentar, 
para progresso de nossos espíritos. 
Pensemos nisso. 

Navarro 
C. E. Francisco Cândido Xavier 
S. J. do Rio Preto 

ESQUECIMENTO DO PASSADO



     Tendo vivido muitas experiências reencarnatórias, seria lícito lembrar  todos os acontecimentos passados ou pelo menos os fatos marcantes.
     Por que esquecemos o passado? Fazemos um adendo para citar o que diz o professor e fisiologista Arthur C. Guyton: ..."Se nossas mentes tentassem lembrar-se de todas essas informações, a capacidade de memória do cérebro seria excedida em minutos. Felizmente, porém, o cérebro tem a capacidade peculiar de aprender a ignorar informações que não sejam importantes.¹". Assim, entendemos que o homem 'não tem cabeça' para armazenar todas as informações. Em linguagem jocosa, diríamos que nossa memória RAM não suporta tal acúmulo de informações, e isso nos referindo apenas à vida presente.
     A esse respeito, encontramos n'O Livro dos Espíritos, questão 392, uma explicação bastante clara, capaz de elucidar o porquê de não termos memória para as vivências passadas e dos períodos em que estivemos na erraticidade. Os espíritos dizem que as lembranças do passado fragilizariam o homem, uma vez que este se deslumbraria com elas. O esquecimento do passado o faz sentir-se mais senhor de si. ...O Espírito reencarnado registra clara e conscientemente apenas o que passa pelos cinco sentidos – tato, paladar, olfato, audição e visão.² Comparando as respostas da ciência e da filosofia espírita, encontramos um ponto de convergência no tocante à importância dessas lembranças. Uma vez que a nossa reencarnação, na maioria das vezes, se dá com o objetivo de evoluirmos mediante as aquisições morais e intelectuais adquiridas, o que importa, de fato, são as experiências que ficam registradas em nós. Muito nos embaralhariam lembranças que nos fizessem sentir a diferença  entre o ontem e o hoje: no passado, um rei; no presente, um simples operário; no passado remoto, a prostituta; no presente a mulher que idealiza um lar seguro e digno. E como sabemos que nossa ascenção sempre se faz em sentido crescente, pouco teríamos a nos orgulhar de nosso passado. Muitas pessoas procuram, inadvertidamente, saber o que foram. Mas estamos preparados para saber? E o que faríamos com tais descobertas? Temos aprendido que para ter uma visão, sem pormenores, a respeito do nosso passado, bastar-nos-á estudar o que somos: nossos desejos, tendências, nossa forma de agir e reagir nas mais variadas ocasiões. Aí, sim, saberemos o que fomos, mas  principalmente, entenderemos o que devemos ser. 
     Outro ponto importante, digno de nota, é que os opositores da lei de reencarnação muito se riem, quando se referem aos que creem em vidas passadas ao afirmarem que estes só dizem que foram reis e rainhas, príncipes e princesas, enfim, ninguém quer ter sido um servidor humilde. É bem próprio de sua ignorância  pois  o conhecimento do passado ou de parte dele - que algumas vezes nos é permitido entrever - só nos deve agradar pelo que fomos e não pelo que tivemos. Reis, rainhas e afins, todos muito erraram, e o poder do qual estavam investidos na maioria das vezes foi instrumento de quedas espetaculares, portanto o que tivemos não é de forma alguma motivo de orgulho. Só o que fizemos em benefício real por nós próprios e pelas criaturas é o que nos dignifica.

     Aproveitemos as oportunidades do hoje, com os intrumentos que o Senhor nos oferece, sem a preocupação de resgatar o passado, mas com vistas às glórias do porvir. Construamos, hoje, um presente de muito trabalho e de renúncia, orvalhado de serena alegria para que a felicidade perene nos envolva a todos.
     Com os votos de muita paz da companheira de ideal cristão, presentemente vinculada às fileiras espiritistas, sempre com Jesus.
Rita Mercês
Centro Espírita Allan Kardec
 1. GUYTON, Arthur C. Neurociência Básica: Anatomia e Fisiologia. 2ª ed. RJ:Editora Guanabara Koogan SA, 1993.
2. KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos.




Amai os vossos inimigos




Jesus nos ensina, há mais de dois mil anos, a Lei de amor que Ele próprio vivenciou deixando-nos o exemplo luminoso desse ensinamento. Quando questionado por um doutor da lei sobre qual o maior mandamento, Ele responde que o maior mandamento da Lei é Amar a Deus sobre todas as coisas e disse em seguida que nos deixaria um segundo mandamento semelhante ao primeiro que consistia em  Amar o próximo como a si mesmo.
O Divino Mestre, também, nos disse que deveríamos amar os nossos inimigos, porque se somente amassemos aqueles que nos amam não estaríamos fazendo nada além do nosso dever. E se aspiramos à glória da vida eterna devemos ver em todos os seres reencarnados irmãos em marcha evolutiva, assim como nós mesmos. Logo devemos estender esse amor ao próximo até àqueles irmãos que nos querem ofender, pois, somos todos filhos de Deus, buscando entre quedas e tropeços fazer brilhar a nossa luz interior.
O amor que o Cristo nos recomenda, ainda não temos condições de exercitá-lo em sua total pureza, pois trazemos em nosso íntimo muitas imperfeições adquiridas nas muitas experiências reencarnatórias. Porém, quando Jesus nos recomenda amar os nossos inimigos Ele diz que devemos retribuir o mal com o bem, perdoar as ofensas.
O Cristo nos amou mesmo sabendo de todos os sofrimentos que nossa pequenez e grande ignorância O faria passar. E por amor pede ao Pai que nos perdoe a ignorância, o orgulho, pois compreendia o momento espiritual em que nos encontrávamos.
E mesmo com todos esses ensinos nós seres “humanos” continuamos agindo com grande desumanidade para com nossos semelhantes, quando ainda hoje pagamos o mal com o mal, buscamos a vingança ao invés de nos reconciliarmos com nossos irmãos, nutrimos sentimentos negativos para aqueles que nos querem ofender.
Quando tivermos maturidade espiritual suficiente para compreendermos a grandiosidade do perdão então teremos compreendido o que Jesus quis dizer com o  amais os vossos inimigos, pois somente perdoando estaremos nos livrando das amarras que nos prendem aos planos inferiores da vida.
Um sábio persa nos diz, também, que devemos ser como o sândalo que perfuma o machado que o fere. Perdoa, ame, retribua o mal com o bem, ore por aqueles que não vos queira bem.
Portanto, afastemos a sombra densa da ignorância que nos envolve, exemplificando os ensinamentos de Jesus e assim ascendendo a nossa luz interior, que clareará o caminho que nos conduzirá ao encontro Dele.
Muita paz e que Jesus, nosso Mestre, nos envolva em muita luz e amor.
Frederico Cavalcante Guerra
Centro Espírita Esperança e Caridade – SJRio Preto




O Espiritismo no tempo




O Espiritismo, doutrina que cumpre o papel de consolador prometido por Jesus, vem lançar luz e consolação à humanidade, pois, em seu tríplice aspecto, religioso, filosófico e científico, domina todas as áreas do pensamento humano, dando, assim, a chave para todos os enigmas que afligem o homem nos variados setores do conhecimento.
Não é de origem humana. É uma Revelação de origem espiritual, e que esperava apenas o amadurecimento intelecto-moral da humanidade para se manifestar de forma mais ostensiva. Mais ostensiva, porque os Espíritos que são os agentes inteligentes da Natureza sempre se comunicaram com os homens; mas nunca como no século dezenove, causando, inclusive, uma certa turbulência em certos países da Europa e da América, chamando a atenção de multidões de curiosos, mas também de alguns sábios da época, como foi o caso do professor Hippolyte Léon Denizard Rivail, que se utilizou, em seu trabalho na Doutrina, do pseudônimo Alan Kardec.
Kardec estudou profundamente os fenômenos físicos e intelectuais provocados pelos espíritos, e percebeu que por detrás de tudo aquilo que presenciava estava algo extraordinário, de natureza extra-física, desconhecido até então, porém pertencente à Natureza. Interrogou fortemente os espíritos comunicantes e descobriu que eram nada mais senão as almas dos homens que já haviam morrido. Analisou tudo racionalmente e formou, assim, um corpo de doutrina, denominada Espiritismo.
Muitos da época, já cansados de dogmas, de fórmulas, de falsas promessas, para se alcançar a salvação, viram na nova Doutrina uma grande luz, e se maravilharam... Pois nela perceberam a volta do grande e incomparável Mestre Galileu. Não pessoalmente, mas eram seus ensinos que ressurgiam: de forma simples, meiga e bela, como há dois mil anos, às margens do Genezaré, depois de longos séculos escondidos atrás de escusos interesses mundanos.
Hoje, após cento e cinqüenta e tres anos de Codificação, continuam ainda os interesses subalternos em torno do Evangelho: fórmulas salvacionistas, tributos e tudo mais para se alcançar o Céu. No entanto, aquele que estuda o Espiritismo se conscientiza que os valores do espírito devem estar acima da matéria; que a vida física é apenas um curto momento na eternidade; que o amor ao próximo é condição necessária à conquista da felicidade; que o Céu prometido por Jesus está na intimidade de cada um e não em um lugar circunscrito no Universo. Portanto, não mais sacrifícios físicos, nem comércio com Deus. A grande luta do homem deve ser realizada dentro de si mesmo.
Eis o grande triunfo do Espiritismo, na condição de Consolador: chamar o homem à observância da lei de Deus, na essência, como ensinara Jesus.


Gilberto Pardim Milla
Centro Espírita Orlando P. Gomes, Jardim Del Rey 

DEUS FAZ MILAGRES?





Amigo leitor, é de suma importância entendermos o que significa, por exemplo, a frase: “Aconteceu um milagre em minha vida.” Se extrairmos o espírito da letra, de forma filosófica, podemos entender a frase no  sentido de que alcançamos algo de muito bom. Mas, se analisarmos de forma literal, como é o costume, genericamente falando, podemos afiançar que de acordo com a Doutrina Espírita, há um grande equívoco. Razão de nosso título de forma interrogativa.
Pois bem, no Livro A Gênese , no capitulo XIII – Os Milagres Segundo o Espiritismo, encontramos uma definição lógica e completa sobre o assunto e que neste pequeno espaço comentaremos apenas alguns pontos sobre o questionamento: Diz na obra: “em sua acepção etimológica, a palavra milagre ( de “mirari”, admirar), significa: admirável, coisa extraordinária, surpreendente. A Academia Francesa, definiu essa palavra: Um ato do poder divino contrario às leis conhecidas da natureza.”
Na acepção usual, essa palavra perdeu, como tantas outras, sua significação primitiva, diz ainda, em A Gênese.
Por exemplo, a palavra sobrenatural, como é utilizada atualmente, isto é, tudo que o ocorre sem o conhecimento humano é sobrenatural. Perguntamos, o que é sobrenatural? A resposta é sobre a natureza ou superior a natureza. E o que está acima da natureza? O Espiritismo responde, somente Deus. Porque ELE é o Criador de todas as coisas. Segundo a questão numero um, em o Livro dos Espíritos, o mestre Allan Kardec, indaga aos Espíritos Superiores: “ o que é Deus?”  Tem como resposta: “É a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.”
Desta forma, caro leitor, não existe o sobrenatural, o que existe realmente são leis naturais, ou seja, forças da natureza que o ser humano ainda desconhece, mas que são leis naturais. Como a eletricidade, sabemos que existe, mas não a vemos, apenas vemos o seu efeito.
Se Deus, fizesse milagres como muitos pessoas ainda entendem, o próprio Criador estaria derrogando suas leis. De duas, uma: ou ele entendeu que algo estava errado (o que então não seria Deus, porque Ele  é a perfeição absoluta) ou o assunto foi mal entendido ou desvirtuado.
A Doutrina Espírita, vem então, esclarecer este equívoco, afirmando: “Os milagres não são necessários para a gloria de Deus; nada no universo se afasta das leis gerais. Deus não faz milagres, porque, sendo suas Leis perfeitas, ele não tem necessidade de as derrogar.
Vamos estudar? Vamos refletir? Muita paz a todos.

Antonio Tadeu Minghin
Centro Espírita Dr. Mariano Dias
Penápolis-SP






Seja feita a Tua vontade!
   
    Quando nos comprometemos com Deus a fazer-LHE a vontade, notadamente nos momentos da oração, quase invariavelmente desprezamos o sentido real desse compromisso.
    Bastará a Vida  oferecer-nos oportunidades de reajuste ignorando a nossa vontade que, imediatamente nos sentiremos infelizes. Queixosos, questionaremos a divina sabedoria.
    Vezes sem conta, buscamos a satisfação dos desejos, das sensações do corpo, dos caprichos de todos os matizes e nesse afã olvidamos a mensagem que nos convida a fazer a vontade do Senhor, ainda que contrariados.
    O orgulho e o egoísmo, que se constituem a gênese de todas as nossas quedas morais, quando permitimos que se sobreponham à razão, dão-nos falsa ideia de nossas verdadeiras necessidades.
    No exame oportuno de nossos desacertos, assim nos situamos:
* ao recebermos uma ofensa, defendemo-nos usando o mesmo artifício;
* um pedido negado redunda certamente em revolta;
* uma dieta imposta, o desprezo pela ocasião de aprender alimentar-se com segurança;
* um amigo que deserta, a facilidade de esquecimento de suas virtudes;
* a doença que nos visite, cobrança imediata do remédio para efeitos;
* um negócio lucrativo que não se concretiza, espaço aberto para o desalento...
   Nos momentos tormentosos a orientação cristã sinaliza temperança, equilíbrio, uso da inteligência. É imperativo serenar nossas emoções, buscando refúgio seguro na prece, pavimentando uma ponte de luz entre nós, que representamos a necessidade, e o socorro divino, que nos aguarda a rogativa humilde.
    E, por fim, sempre que dissermos “seja feita a Tua vontade”, calemos nossas inquietações, aprendendo no exercício da renúncia  identificar a vontade Dele.       

Muita Paz!
Centro Espírita Allan Kardec
Rita Mercês

TIRANDO DÚVIDAS

NOVA COLUNA: Visa esclarecer os equívocos e dúvidas em relação à Doutrina Espírita:


  • EXISTE PASSE MAIS FORTE QUE OUTRO?

 RESPOSTA: Costumamos escutar esta frase, frequentemente, infelizmente.  Não existe nada disso. Para recebermos o passe, temos que ter, o forte desejo de receber (VONTADE E DESEJO) (mesmo necessitado do tratamento) e sobretudo, acreditar, primeiramente em Deus, depois na ajuda da Equipe Espiritual, em seguida, no Passista, que está alí, trabalhando com muito amor e carinho e finalmente, acreditar em você mesmo, como potência Divina.


  • EXISTE POSTURA PARA RECEBERMOS O PASSE?

RESPOSTA: A melhor postura é aquela que nos sentimos mais confortáveis. As recomendações, como: descruzar pernas, manter às mãos em posição de conchas, . tirar pulseiras ou relógios, não cruzar os braços, etc, é puramente equivocadas.


  • É VERDADE QUE  NÃO DEVEMOS FAZER PRECE PARA SUICIDAS, PORQUE O ATRAÍMOS PARA NOSSA CASA?

RESPOSTA: Esta questão além de ser falsa é em verdade uma grande falta de caridade para com o nosso irmão, que por alguma decepção em sua vida, cometeu este grande equívoco.A prece é um instrumento de amor e caridade para com todos. Devemos fazer a nosso prece para com todos os necessitados sempre.


  •  É CORRETO E TEM VALIDADE LEVAR ROUPAS NO CENTRO ESPÍRITA PARA "APLICAR PASSE NAS MESMAS?"
RESPOSTA: É uma conduta equivocada e sem nenhum valor terapêutico ou espiritual. Até mesmo, é uma atitude constrangedora e que coloca a pessoa no ridículo. Cabe aos diretores da Casa Espírita, explicar com todo carinho e amor, esclarecendo ao frequentador de que o passe se recebe ou envia através da mentalização e que pode ser aplicado à distância. Portanto, dispensa esta conduta, mesmo porque o passe não terá ação nenhuma  em vestimentas.


  •  É CERTO DIZER ESPIRITISMO DE "MESA BRANCA?".
RESPOSTANão é correto, pois, não existe Espiritismo de Mesa Branca, e sim, apenas um só Espiritismo, ou seja, só existe Doutrina Espírita. Esta referência é um grande equívoco que foi criado  no início do século 20 para diferenciar o que era atividade mediúnica, dos nossos irmãos do Movimento Afro-Brasileiro com o Espiritismo, que diga-se de passagem, com todo respeito, difere muito da atividade nos Centros Espíritas. A atividade mediúnica dos nossos irmãos eram realizadas em terreiro, ou mesmo pela dificuldade de se expressarem, nas matas, e que por volta de 1908, a Umbanda se organizou e se constituiu em entidade civil religiosa. O Espiritismo trazido ao Brasil, pelo grande Espírita Luiz Olimpio Teles de Menezes, que inicialmente era estudado nas residências dos espíritas iniciantes. Em 17/09/1865 fundou o primeiro Centro Espírita denominado: Grupo Familiar do Espiritismo e depois em 08/03/1869 fundou o primeiro Jornal Espírita denominado: Ecos de Além Túmulo, na cidade de Salvador-BA. Portanto, segundo os historiadores, para diferenciar (erroneamente) um do outro, chamaram o Espiritismo de "mesa branca", porque se colocava uma toalha branca sobre a mesa onde era realizada a atividade mediúnica, por uma questão de higiene, (na verdade, toalha branca ou de qualquer cor ou mesmo sem toalha, sabemos que não intefere na qualidade da atividade) e faziam esta diferenciação, querendo ressaltar que a Doutrina Espírita continha uma pureza que contrariava as atividades dos nossos queridos irmãos do Movimento Afro-Brasileiro, injustificável, pois tudo que se faz em nome de Deus e do próximo, é puro amor. Nos tempos modernos, o Movimento Espírita, corrige esta grande falta para com todos os nossos irmãos de outro pensamento filosófico ou religioso. E é isto que devemos fazer, esclarecer as pessoas que ainda pensam e acreditam na chamada "mesa branca".


  •  É CORRETO DIZER DOUTRINA KARDECISTA?

RESPOSTA: Não é correto. É um grande equivoco, pois só existe uma: A Doutrina Espírita, que foi codificada pelo mestre Lionês: Hyppolyte Leon Denizard Rivail (Allan Kardec). Quando Kardec terminou a primeira parte de seu trabalho, foi-lhe sugerido, pelo grupo que já estava pesquisando o assunto das mesas girantes, que tinha sido denominado Neoespiritualismo, o nome da Doutrina como Kardecista, pelo trabalho por ele feito, no que foi prontamente recusado por Kardec. Afirma Allan Kardec, que a doutrina não era dele e sim, dos Espíritos. Foi então, que este corpo de doutrina recém formado, se denominou: Doutrina Espírita, . Entretanto podemos dizer: conceitos, pensamentos, lógica, etc, Kardecista, pois o grande mestre, também formulou seus pensamentos e opiniões. Mas, se tratando de Doutrina, devemos dizer: Doutrina Espírita ou Espiritismo.


ARTIGOS



TRAGÉDIAS NATURAIS

Toda vez que acontece uma tragédia, como a ocorrida recentemente na região serrana do Rio de Janeiro, ficamos refletindo sobre o motivo de a humanidade passar por tantas provações ocasionadas pela força da Natureza. Muitos até se questionam onde está Deus, e por que permite semelhantes acontecimentos.
Uma das maravilhas do Espiritismo é mostrar à humanidade um Deus justo e bom, como o fez Jesus. Entre outros atributos, esses dois nos dão a certeza de que tudo que procede de sua vontade deve ter uma causa justa e conseqüentemente uma finalidade boa. Revela-nos também que o Universo é regido por leis eternas e imutáveis, que lhe dão vida e sustentação e que tudo se sujeita a elas. Os próprios fenômenos naturais que aterrorizam e dizimam comunidades inteiras, que poderiam nos dar uma idéia equivocada da justiça e bondade do Pai, se submetem também a essas mesmas leis, seguindo uma ordem de equilíbrio dentro da Natureza, tendo, entre outras finalidades, a tarefa de desenvolver a inteligência do homem, fazendo-o buscar meios adequados, não de combatê-los, mas de se proteger contra suas inevitáveis ocorrências. Hoje, os sismógrafos conseguem detectar com antecedência os Terremotos, e a meteorologia prever furacões extremamente poderosos, denotando um grande avanço da humanidade neste sentido.
Todavia, contrastando-se a esses mesmos avanços científicos, o homem, às vezes, deixa-se guiar pela imprevidência.
Certamente, todos nós ficamos chocados com semelhantes tragédias, como a do Rio. Sensibilizamo-nos com as famílias sendo dizimadas e imaginamos a dor daqueles que ficam. No entanto, quase todos os anos, nesta época de chuvas intensas, somos informados dos mesmos acontecimentos: alagamentos, deslizamentos... É algo que, infelizmente, já estamos acostumados a assistir.
Óbvio que não precisa ser nenhum ex-esperto na matéria para saber que algumas construções nas regiões afetadas estavam irregulares, provando o descaso das autoridades políticas como também a imprevidência dos respectivos proprietários. Mas mesmo àquelas situadas em algumas regiões consideradas seguras, segundo alguns especialistas, falta um melhor planejamento em relação à urbanização, a qual requer projetos de pavimentação que, por sua vez, proíbe a filtragem das águas que se dá através do solo e dos vegetais.
Evidente que em casos como estes não se pode culpar os fenômenos naturais como sendo os responsáveis diretos pelas tragédias. A imprevidência daqueles que se opõem às suas rotas é que deve ser considerada...
Isso nos lembra a passagem evangélica, sem tomá-la, é claro, ao pé da letra, do homem que não edificou sua casa sobre a rocha; e desceu a chuva, correram rios e assopraram ventos que combateram aquela casa derrubando-a, pois não estava edificada sobre a rocha.
        Deus em seu infinito amor deixa o homem aprender com o próprio erro. Não se interpõe às suas decisões, mas responsabiliza-o pelas respectivas conseqüências.
        A natureza exige respeito, mas o homem parece não entender que para respeitá-la é preciso, antes de tudo, respeitar a si mesmo.
            
Gilberto Pardim Milla



O DESAPARECIMENTO DO CORPO DE JESUS

Amigo Leitor, muito se tem escrito e comentado sobre o desaparecimento do corpo de Jesus. Algumas teorias são propostas, até porque provas materiais não existem.
Uma das teorias é a chamada combustão natural. - Sendo Jesus, o Espírito mais perfeito que a terra conheceu, dominava todos os “segredos” da natureza, melhor dizendo, as Leis naturais. Teria ,pois,  provocado a combustão natural ou espontânea, para que, qualquer dos lados usasse de maneira imprópria o seu corpo já inanimado.
Outra teoria é a de que José de Arimatéia, senador, sendo amigo de Jesus, com sua autoridade fez o traslado para outra sepultura, como tinha autoridade política devido a seu cargo, no Império Romano, poderia entrar no recinto onde jazia o corpo de Jesus e removê-lo - a seu mando para outro local - ignorado de todos e da história. Existe outra teoria, esta milagrosa, ou seja, a chamada ressurreição. Segundo esta, Jesus teria “subido aos céus” com o corpo carnal, o que torna este fato contrário as Leis naturais, como por exemplo, a Lei de Destruição. Afirmam os favoráveis desta teoria que: “para Deus nada é impossível”. Realmente essa é uma verdade - para Deus nada é impossível - entretanto, porque Deus, neste caso, iria contra a sua própria Lei? Perguntamos: que valor teria um corpo carnal em um mundo espiritual? Por que o Apóstolo dos Gentios, Paulo de Tarso, afirmaria categoricamente que existe um corpo corruptível (material) e o corpo incorruptível (espiritual)? Sabemos perfeitamente hoje, que o corpo físico volta para a natureza em forma de elementos nutritivos para que a mesma possa produzir mais. Então, porque com o corpo de Jesus seria diferente? Ele que encarnou entre nós para exemplificar, inclusive afirmando que não veio destruir a Lei e sim cumpri-la? Fica evidente de que quando ele ressurge, primeiro para Maria de Magdala e depois para os Apóstolos, se apresenta com o seu perispírito, (corpo incorruptível). E quando termina a sua missão, desaparece, na frente dos seus apóstolos e seguidores. Assim, acontece após a materialização de um espírito, quando no final da ectoplasmia, fenômeno natural explicado com muita propriedade pela Doutrina Espírita. Se ele estivesse revestido com seu corpo carnal (que aliás não tinha mais nenhum sinal vital) não poderia, pelas Leis da Física, da Química (Leis naturais de Deus) e de outras provocar o fenômeno de desaparecimento, na frente das pessoas.
E finalmente a última teoria, esta defendida até por uma boa parte de espíritas, que é: Jesus teria usado um corpo fluídico desde o seu nascimento. Se fosse admissível, Jesus não teria sofrido nada do seu calvário, o que apenas foi uma aparência de sofrimento.  Pois bem, este fato nos leva a crer que todo o processo que Jesus passou desde as agressões que sofreu e depois o peso do madeiro infame (a cruz) seguido das lacerações em seu corpo, provocada pelos soldados, e por fim a crucificação, inclusive com a quebra dos ossos dos joelhos para rebaixar o tórax e assim comprimir os pulmões originando falta de ar (sufocante), seria então, apenas um teatro.
E o Mestre Jesus foi, é e será sempre verdadeiro!
E você amigo leitor, já pensou sobre isso? Vamos estudar e refletir?
Muita paz a todos!

Antonio Tadeu Minghin